Hoje iremos conhecer sobre um animal muito curioso, com técnicas de defesa surpreendente. Pouco conhecido, o pepino-do-mar é uma representante do filo dos equinodermos (lembrando que a palavra equino vem de echinos: espinhos; e derma: pele), os animais que possuem o corpo coberto por espinhos.
As projeções lembram gotinhas de chocolate |
Primeiro vamos conhecer a classificação científica desse curioso animal, vale ressaltar que a espécie escolhida que iremos conhecer é a Isostichopus badionotus que podemos encontrar aqui no Brasil.
Reino: Animal
Filo: Equinodermo
Classe: Holothuroidea
Ordem: Aspidochirotida
Família: Stichopodidae
Gênero: Isostichopus
Espécie: I. badionotus
Os pepinos-do-mar, também conhecidos como holotúrias, são animais que vivem em água salgada, nos recifes de coral, possuem hábito bentônico, ou seja, vivem no substrato (chão) do mar, lá no fundo do mar alimentam-se de detritos (plantas e animais mortos), para se alimentar eles ingerem areia com os detritos e liberam a areia limpa para o ambiente, por isso são importantes para a limpeza do fundo do mar, podem ser encontrados em até 65m de profundidade.
I. badionotus em um recife de coral |
Com indivíduos que chegam até 60 cm, podem ter o corpo na cor laranja, amarelo, vermelho, marrom ou púrpura, com espinhos escuros.
No Brasil são encontrados quase que em toda a costa, desde o litoral do Rio Grande do Norte até Santa Catarina. Também são encontrados em outros países como Estados Unidos, Jamaica, Haiti, Porto Rico, México, Panamá, entre outros.
Em alguns países, principalmente na Ásia, esses animais são considerados uma iguaria, somando isso ao fato desses animais possuírem uma movimentação lenta, tornam-se alvos fáceis de predadores, e isso vem ameaçando as populações de Holotúrias.
São animais sexuados, ou seja, existe o macho e a fêmea e a fecundação é externa, ocorre no mar. Aliais a reprodução desses animais é muito curiosa, quando o macho e a fêmea liberam seus gametas na água e ocorre a fecundação, formam-se os ovos que desenvolvem-se formando as larvas, nesse estágio pode ocorrer a reprodução assexuada, ou seja, a larva simplesmente divide-se em duas partes formando dois indivíduos através da regeneração.
Falando em regeneração, os pepinos do mar possuem um mecanismo de defesa muito interessante, que chamamos de evisceração. Quando o animal sente-se ameaçado além de liberar um muco, ele lança parte de seus órgão internos para fora de seu corpo com a intenção de distrair o seu predador, mas não se preocupe, depois de algumas semanas, seus órgãos internos estarão todos regenerados. Veja abaixo o vídeo do processo de evisceração.
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