Bicho da Semana: Tarântula.

Brachypelma smithi, a espécie mais domesticada.

Como já de costume, toda a quinta falamos de um animal específico no nosso blog. E atendendo um pedido de um amigo e antigo professor, hoje irei falar um pouco mais sobre a Tarântula, aquelas aranhas consideravelmente grande com aspecto não muito amigável, mas que pode ser uma boa companhia para as pessoas que gostam de animais exóticos. Para começarmos vamos conhecer a sua classificação científica:

Reino: Animalia.

Filo: Arthropoda.

Classe: Aracnídeos.

Ordem: Araneae.

Família: Theraphosidae.

As Tarântulas (também conhecidas como Caranguejeiras), são animais que pertencem ao filo arthropoda, no qual está composto por animais que possuem exoesqueleto e articulações em suas patas. Estão localizadas na classe dos aracnídeos, na qual estão animais que geralmente possuem oito patas, sendo que quatro estão inseridas no cefalotórax e quatro no abdome e não possuem antenas, além das aranhas, ácaros e escorpiões são representantes dessa classe. As tarântulas pertencem à ordem Araneae (das aranhas) que conta com cerca de 40.000 espécies, o que a torna a segunda maior ordem dos aracnídeos, perdendo somente para a ordem Acari, dos ácaros. E sua família é a Theraphosidae, a das Tarântulas.

Cobalt Blue (Haplopelma lividum).
Imprisiona pela sua coloração.

Elas são animais de grande porte, com uma média de 20 cm e podendo chegar até 30 cm, podendo viver até os 20 anos no caso da  fêmea, e 7 anos no caso do macho, já que o mesmo geralmente morre após o acasalamento. Apesar de sua aparência um tanto assustadora, muitas espécies dessas aranhas são domesticadas,  isso ocorre porque o veneno de muitas espécies não são letais em seres humanos, ou seja, não fazem mal, porém a sua picada pode ser muito dolorida devido ao tamanho das quelíceras (as "presas").

Essas aranhas possuem o corpo revestido de pelo, o que pode trazer problemas para os seres humanos, já que estão carregados de substâncias urticantes que podem ocasionar uma alergia. Elas se alimentam de pequenos animais, como roedores, insetos e até pássaros e podem ficar vários dias sem comer. 

Possuem hábitos noturnos e vivem de forma solitária, constroem sua toca próximo de raízes de árvores  e pedras, elas cavam um buraco, que pode chegar até 1 metro e para manter a temperatura revestem a toca com seda que produzem, onde também irão depositar os seus ovos, que variam entre 50 a 200 ovos, que são colocados em uma bolsa de seda feita pela aranha e incubam por cerca de 6 semanas quando nascem já com um bom tamanho, e não recebem cuidados parentais, ficam pouco tempo na toca e logo depois se dispersam. A reprodução acontece por acasalamento, quando o macho introduz o esperma na fêmea, que tem um órgão especial que irá guardar o esperma e quando produzir ovos serão fecundados.

Algumas espécies podem sofre ecdise, que é o processo de mudança do exoesqueleto, dessa forma é possível regenerar patas perdidas ou danificadas. Na fase adulta, na maioria das espécies, a ecdise já não acontece mais, mas as fêmeas fazem ecdise por toda a vida.

Várias pessoas consideram as tarântulas como animais de estimação perfeitos, já que não produzem odor ou sujeira e não se alimentam frequentemente, algo entre três ou uma vez por semana. Além de algumas espécies como a Caranguejeira de joelho vermelho mexicana (Brachypelma smithi) serem bem dóceis, que até chegou a ficar ameaçada à extinção, mas devido a sua fácil reprodução em cativeiro foi restabelecido o equilíbrio. Mas é importante lembrar que essas aranhas são canibais e o certo é criar apenas uma espécie por vez.

Interessante não é? Porém não são todas as tarântulas que são domesticáveis, algumas são agressivas, portanto é importante a orientação de uma pessoa experiente para adesão de uma dessas espécies e lembrando sempre que lugar de animal é na natureza, se for domestica-lo é o seu dever fazer isso com responsabilidade e respeito!

Quando sentem-se ameaçadas,
as aranhas costumam a ficar nessa posição.

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