Bionews: Censo da biodiversidade.

Censo vai mapear todas as espécies da Amazônia.

Pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém, lançaram na última sexta-feira (18) um plano ambicioso: o de disponibilizar na internet a lista completa de todas as milhares de espécies de animais e plantas da Amazônia.

O Censo da Biodiversidade (que já pode ser acessado on-line ) por enquanto agrega apenas uma lista de mais de 3.000 espécies de animais, de mamíferos a aranhas, todos eles nativos do Pará.

O lagarto Gonatodes nascimentoi, uma das 130
espécies descobertas pelo Museu Paraense Emílio Goeldi.

"O plano é que, até o fim do ano, a gente consiga atingir toda a Amazônia brasileira", disse à Folha o biólogo Ulisses Galatti, um dos coordenadores da iniciativa.

O projeto se une a outras ferramentas virtuais Brasil e mundo afora cujo objetivo é concluir a tarefa aparentemente simples, mas na prática extremamente cabeluda, de contar quantas espécies existem no planeta.

Sem esse dado básico, fica muito difícil proteger as áreas mais ameaçadas pela pressão humana ou estudar as raízes evolutivas de plantas ou animais. No entanto, problemas como a escassez de profissionais especializados em sistemática (o ramo da biologia que classifica os seres vivos) atrapalham um bocado.

Mesmo em grupos já estudados de cabo a rabo, como mamíferos e aves, a expectativa é que 10% das espécies amazônicas ainda sejam desconhecidas, diz Galatti.

"Quando se fala de répteis e anfíbios, então, ainda há muita coisa desconhecida", afirma o biólogo do Goeldi.

REFERÊNCIA

Biodiversidade na Amazônia.

Por enquanto, o internauta tem acesso apenas aos nomes científicos e ao status de conservação (se a espécie está criticamente ameaçada de extinção ou é apenas vulnerável, por exemplo) dos bichos paraenses.

O plano, no entanto, é indicar, para cada espécie, em que museu estão seus exemplares de referência, ou seja, os indivíduos (empalhados ou preservados em álcool, digamos) que serviram de base para que o descobridor da espécie a descrevesse.

Essa informação é crucial para que outro cientista, diante de uma criatura parecida, consiga dizer se ela pertence a uma espécie ainda desconhecida ou à mesma.

Os pesquisadores também devem incluir imagens e até sons de cada espécie. Em última instância, a iniciativa do censo pretende incluir espécies amazônicas dos países vizinhos e também de outros ecossistemas do país.

Junto com o site, o Goeldi também está lançando a publicação "Espécies do Milênio", que reúne as 130 novas criaturas descobertas pelos pesquisadores do museu entre o ano 2000 e 2011.

O museu também promove hoje um debate sobre a Rio+20, conferência ambiental da ONU que ocorre no Rio de Janeiro em junho, e a biodiversidade da Amazônia.

"É louvável discutir a economia verde na Rio+20, mas para isso é preciso pensar num desenvolvimento amazônico baseado em ciência e no potencial econômico da biodiversidade", diz Galatti.

Fonte.

Por que sentimos aquele friozinho na barriga?

O “friozinho na barriga” é uma reação involuntária, causada pela impressão de estar frente ao desconhecido e ao imprevisível ou de falta de peso causada pela inércia dos órgãos abdominais, que não são corpos rígidos e têm certa mobilidade.

No primeiro caso, o frio na barriga é desencadeado pelo cérebro na emissão de uma descarga de adrenalina causada por um medo, susto intenso ou ansiedade. É como se fosse um instinto, no qual a adrenalina causa no organismo uma sensação de “dormência instantânea”.

Os órgãos possuem células nervosas chamadas mecanorreceptores, que detectam mudanças bruscas de aceleração, causadas basicamente por aumento ou redução na ação da gravidade. Assim quando deslizamos numa montanha-russa, por exemplo, a queda é tão brusca que não há tempo para os órgãos se adaptarem à nova condição ou seja, descemos, mas nossas vísceras como que permanecem no mesmo lugar onde estavam.

Parece estranho, mas não é. Durante a queda ou a subida, a concentração de átomos eletricamente carregados dentro das células muda rapidamente, devido a uma mudança estrutural na membrana. A mensagem elétrica é, então, enviada para o cérebro, que processa a informação e a transforma no sintomático frio na barriga.

Algumas pessoas gostam e outras detestam
essa sensação.

Fonte.

Bioimagens: Aglomeração de animais.

Imagens de enormes grupos de borboletas, caranguejos e morcegos fazem parte do projeto "Animal Masses" do fotógrafo alemão Ingo Arndt. O objetivo é aumentar a conscientização sobre a preservação das espécies, que se reúnem a cada ano por diferentes razões.

"Eles se juntam para passar o inverno, para se reproduzir, para migrar em conjunto ou para habitar novos ambientes", diz o fotógrafo.

"Alguns animais só existem em aglomerações, formando, na prática, superorganismos."

Para registrar as impressionantes imagens de grupos de animais, foram necessários quatro anos de pesquisas e viagens, que duravam de algumas semanas a alguns meses.

Como resultado, as fotografias fazem parte agora de dois livros, sendo um deles infantil, um calendário e uma exibição que já passou por diversos museus europeus.

Para ver mais informações e fotos do projeto, visite www.ingoarndt.com. 

Medusas Mastigis, no lafo Jellyfish, em Palau,
nas Ilhas do Pacífico Ocidental.

Flamingo-menor (Phoenicopterus minor),
alimentando-se nas águas rasas do lago Nakuru, no Quênia.

Caranguejos vermelhos (Gecarcoidea natalis) em Ilha Christmas, no Oceano Índico, Austrália.

A primeira impressão parecem ser ramos mortos, mas eles são aranhas tipo
Harvestman (Leiobunum) de uma espécie invasora desconhecidos na Alemanha.

Mariposas da espécie Euplagia quadripunctaria, no Vale das Borboletas, em Rhodes, na Grécia.

Centenas de Caribus (Rangifer tarandus) na Reserva Natural de Vida Selvagem do Ártico,
no Alasca.

Milhares de gansos de neve (Anser caerulescens) no Novo México.

O teto de uma caverna cheia de morcegos (Myotis myotis), em Colônia, Alemanha.

Um cardume de sardinhas (Sardinops sagax) no Monterey Bay Aquarium, na Califórnia.

Milhares de borboletas monarca (Danaus plexippus) reúnem-se para beber água
nas partes mais calmas da selva montanhosa. Fotografia tirada em Michoacan, México.

Curiosidade: Por que a água do mar é salgada?

Com mais de 70% da superfície da Terra coberta por água, é um paradoxo pensar que a escassez deste elemento já é realidade em muitas partes do Planeta. É que somente uma pequena parcela é formada por água doce. Enquanto não existe uma forma barata de tornar potável a água do mar, é bom saber que ele só é salgado porque os oceanos são o ponto final do ciclo da água em nosso planeta, explica o oceanógrafo Ricardo Cardoso, do Aquário de São Paulo.

Banhista no mar morto, é fácil boiar devido à
quantidade de sal que existe em suas águas.

Desde a formação dos oceanos, há 4 bilhões de anos, eles vêm acumulando tudo o que é lavado no continente. Os rios tiram compostos, sais e minérios de terra firme e levam para o mar, tornando-o salgado. Quando a água do mar evapora e se transforma em nuvens, os sais ficam no oceano - por isso, a chuva é "doce".

"É por isso também que a água é muito mais pura no alto de uma montanha, pois ainda não acumulou material sólido", diz Cardoso. As fontes de água doce que abastecem o Mar Morto, no Oriente Médio, o fazem com muito menos força do que há três décadas, conta o oceanógrafo, e por isso sua água é cada vez mais salgada.

Para cada litro de água do mar, há cerca de 32 gramas de sal, composto de vários elementos. O mais abundante é o cloreto de sódio, o sal de cozinha. Além dele, há traços de magnésio, potássio e cálcio, em concentrações menores, diz Cardoso.

Salgado ou não, o mar continua belo.

Fonte.

Bicho da semana: Vespa do mar.

Vespa do Mar (Chironex fleckeri).

Como já de costume, toda quinta-feira nós do caderno de biologia publicamos um animal para podermos conhecer mais sobre ele, e essa semana, como não havíamos publicado nenhum cnidário, escolhemos a vespa do mar, que é um animal muito bonito e pode ser muito perigoso também. Para começarmos vamos analisar a classificação científica, considerando o Chinorex fleckeri, que é um dos animais mais perigosos do mundo.

Reino: Animal.

Filo: Cnidário.

Classe: Cubozoa.

Ordem: Cubomedusa.

Família: Chirodropidae

Gênero: Chironex.

Espécie: C. fleckeri.

Pois bem, agora vamos entender tudo isso. Como eu disse a vespa do mar é um cnidário, que são animais pouco desenvolvidos, diblásticos - que apresentam apenas dois folhetos germinativos - e não possuem anus, ou seja, o alimento entra e sai pela boca. Além disso a vespa do mar pertence a classe cubozoa, que são animais típicos do Oceano Pacífico, essa classe inclui também os cnidários mais venenosos (devido aos seus cnidócitos), se chama cubozoa devido a forma dos animais dessa classe que lembra um cubo.

Algumas pessoas criam as
águas vivas em aquários.

As águas vivas em geral vivem nas águas salgadas e ficam na zona planctônica, ou seja, mais na superfície do mar, já que não são boas nadadoras e se movimentam de acordo com a corrente d'água. O corpo desses animais são formados por aproximadamente 95-99% de água, o que dá o aspecto mole, porém apesar de não se movimentar muito bem, eles podem trazer sérios danos aos humanos, pois são providos de cnidócitos em seus tentáculos, que são organelas urticantes que podem paralisar as vítimas por algum tempo e dependendo da dose pode levar até humanos à morte. 

A reprodução desses animais pode ser assexuada ou sexuada, na reprodução assexuada, é liberado um gomo que irá se fixar a um substrato e desenvolver-se. Já a reprodução sexuada, é quando são lançados os espermatozoides e os óvulos que são fecundados na água, formando uma larva plânula que também se fixara em um substrato e sofrerá o processo de estrobilização, e quando ficar jovem (éfira) se desprenderá do estróbilo e virará adulta. Esses animais se alimentam desde invertebrados até de pequenos peixes, que são imobilizados pelos seus cnidócitos e com os tentáculos são levados até a boca, da boca o alimento vai para a cavidade gastrovascular onde será absorvido os nutrientes, e o resto que não for aproveitado sairá pelo mesmo lugar onde o alimento entrou, ou seja, pela boca.

Falando especificamente da vespa do mar, ela habita as  zonas vizinhas das costas do norte da Austrália e do sueste Asiático, onde se alimenta de pequenos peixes e crustáceos. O tamanho de sua parte corpórea é pequeno, mas os seus tentáculos podem chegar até os cinco metros, porém o perigo não é o seu tamanho, mas sim os milhares de cnidócitos espalhados pelos tentáculos, ricos em toxinas, suficiente para matar 60 pessoas adultas ou um animal de até 3.500 quilos, seu veneno é liberado ao mínimo contato com a pele, ele se dissolve nos glóbulos vermelhos do sangue, causando parada cardíaca e respiratória, ela provoca um colapso generalizado na vítima: a respiração se descontrola, o sistema linfático cessa, a pessoa desmaia e o coração começa a bombear intensamente, até que anestesiado para também de funcionar. Para primeiros socorros, recomenda-se respiração artificial (boca-a-boca), massagem cardíaca e aplicação imediata de vinagre no local do ataque, para parar a injeção local de toxinas, porém mesmo recebendo todo o tratamento, três em cada dez pessoas morrem e as que não morrem podem sentir dores por semanas.

Portanto todo cuidado é pouco, apesar da vespa do mar estar lá para o lado da Austrália outros cnidários estão presentes em águas brasileiras e podem causar sérios danos à saúde, então, considerando que esses animais atacam mais os surfistas que vão um pouco mais adentro do mar, é importante conhecer o local em que está surfando, procure saber se o mar é seguro e se for aproveite mais uma atração da natureza.

Apesar da beleza não se engane,
é um dos animais mais venenosos do mundo.

Curiosidade: Por que precisamos do oxigênio para viver?

Maçã, oxidada.

Nenhum de nós é capaz de viver sem esse elemento tão importante, talvez seja até medo de algumas pessoas morrer pela ausência de oxigênio. Mas o que ele tem de tão importante para nos manter vivos?

Bom, alguns já devem ter o conhecimento que o oxigênio é um elemento oxidante, por exemplo se você cortar uma maçã pela metade e deixa-la exposta, logo irá perceber que ela ficou mais escura, isso se deve a oxidação feita pelo oxigênio. Isso também acontece em nosso organismo, ou seja, dentro de nós, pois o oxigênio é o elemento químico responsável pela combustão dos carbonos que estão presentes em nossa célula.

Para que o nosso organismo possa fazer a simbiose de processamento dos energéticos que consumimos em forma de carboidratos ou proteína, precisamos do oxigênio (O2), pois só assim podemos completar a nossa cadeia de processamento alimentício, ao contrário das plantas, que para que possam processar o seu substrato alimentício precisam do CO2 (Gás Carbônico), e perante a luz solar fazem a fotossíntese, liberando o oxigênio que nós usamos, e quando processamos nossas energias exalamos o CO2.

Respire!

O oxigênio é distribuído pelo nosso sangue, mais especificamente pela hemoglobina, que é uma célula especializada responsável pelo transporte do oxigênio. O caminho que o oxigênio faz até chegar na hemoglobina que irá distribui-lo pelo nosso corpo é o seguinte: Quando inspiramos o oxigênio entra pelo nariz/boca e chega aos pulmões pela traqueia, lá nos pulmões ele já é embutido no sangue, esse sangue rico em oxigênio pelas veias pulmonares chegam até o átrio esquerdo do coração, que passa para o ventrículo esquerdo e pela aorta é distribuído pelo nosso corpo, quando o sangue vai ficando com pouco oxigênio ele é mandado pela veia cava superior/inferior até o átrio direito do coração, depois o sangue pobre desce para o ventrículo direito onde é mandado para os pulmões pelas artérias tronco-pulmonar, lá no pulmão ele fica rico em oxigênio - que nós inspiramos- e o dióxido de carbono (CO2) é lançado para fora do nosso corpo através da expiração, o sangue rico em oxigênio volta para as veias pulmonares e começa o ciclo novamente.

Uma curiosidade que poucos sabem é que movimento da respiração(inspiração e expiração) não é desencadeado pela ausência de oxigênio, mas sim pela presença de gás carbônico no organismo. Então o ar entra e sai dos seus pulmões não por estar sentindo falta de O2, mas é para livrar-se do CO2, que em excesso provoca um malefício chamado de acidose.

Portanto, o oxigênio é essencial para a vida, sem ele não conseguiríamos sobreviver nem por uma hora.

Ao contrário do que muitos pensam, os verdadeiros pulmões do mundo são as algas fotossintetizantes e não as árvores.

Lição de casa: Principais filos do reino vegetal.

Bom, como eu já fiz um post com os principais filos do reino animal (aqui), nada mais justo do que criar também um post com os principais filos do reino vegetal, que tenho certeza que também vai ajudar muito os alunos que estão no ensino médio e como a internet é o meio mais fácil de encontrar determinados assuntos, o Caderno de Biologia traz as principais características com informações confiáveis e baseadas em livros de ótimos autores.

O reino das plantas são divididos em dois grandes grupos, o das Criptógamas que se encontram plantas que não produzem sementes, flores ou frutos e que se reproduzem por meio de esporos. E o das Fanerógamas, que é onde estão as plantas que possuem estruturas de reprodução facilmente visíveis, que por resultado da reprodução sexuada forma-se a semente. Assim, todas as fanerógamas são também chamadas de espermatófitas.

Como o reino animal, o reino vegetal é compostos por diversos filos e grupos, nós vamos ver os principais deles.

Primeiro vamos ver os dois grupos de criptógamas:

Briófitas: São as únicas plantas avasculares, ou seja, que não possuem sistema vascular, que é o responsável pelo transporte de seiva bruta e de seiva elaborada pelo corpo; em função disso são plantas de pequeno porte e, apesar de poderemos reconhecer estruturas semelhantes a raízes no corpo das briófitas, o termo raiz não é empregado, usamos o termo rizóides que ó mais correto. As briófitas estão representadas principalmente pelos musgos e pelas hepáticas.

Musgo, representante das Briófitas.

Pteridófitas: As pteridófitas são plantas já vasculares, mas ainda sem sementes, com corpo constituído por raízes, caule e folhas. Estão representadas principalmente pelas samambaias e avencas.

Avenca, representante das pteridófitas.

Agora vamos ver os outros dois grupos de fanerógamas:

Gimnosperma: São plantas vasculares com o corpo organizado em raiz, caule, folhas e estróbilo - que são os frutos não carnosos, ou seja, que não apresentam polpa, assim como a pinha do pinheiro - com formação de semente, mas não de fruto. Estão principalmente representadas pelos pinheiros.

Pinheiro, representante das
Gimnosperma e uma pinha (estróbilo).

Angiospermas: São plantas vasculares com o corpo organizado em raiz, caule folhas e flor, com formação de sementes que ficam abrigadas no interior de frutos. Correspondem à maior parte das plantas (cerca de 230 mil espécies), como a mangueira, a jaboticabeira, a laranjeira e muitas outras que formam flores e frutos.

Abacateiro, representante das Angiospermas e exemplo
da semente que é protegida pelo fruto (abacate).

Esses são os principais grupos de classificação do reino das plantas (Plantae) e suas característica, com esse post dá para compreender o que classifica as plantas em determinados grupos, ou seja, quais as características que as classificam. Espero que ajude o pessoal que anda meio perdido nas aulas de botânica =)

Bionews: Salvem os Rhinos!

Rinocerontes correm risco de extinção; seus chifres valem tanto quanto ouro.

Rinoceronte, na Namíbia.

A caça ilegal de rinocerontes disparou impulsionada pelo valor dos chifres destes animais.

No mercado negro da Ásia, os chifres de rinocerontes valem tanto quanto o ouro, cerca de 66 mil dólares o quilo, indicam diferentes fontes.

Os asiáticos transformam o chifre desse bicho num pó, usado como remédio para aliviar a febre e combater o câncer, por exemplo. Mas não há estudos científicos que comprovem a eficácia desse medicamento.

É por isso que a matança vem sendo crescente. Na África, onde vivem de 70% a 80% da população mundial de rinocerontes, 13 rinocerontes foram mortos em 2007; 448 foram mortos em 2011; e nos quatro primeiros meses de 2012, já são 200 os que foram atingidos pelas mãos de caçadores ilegais.

Até agora, a população africana de rinocerontes estava em ascensão. Calcula-se atualmente em 20.700 o número de rinocerontes brancos na África e em 4.800 o número de negros.

Mas no ritmo em que a caça ilegal cresce, o número de rinocerontes sacrificados a cada ano corre o risco de superar logo o de nascimentos, advertiu o Grupo de Gestão de Rinocerontes (RMG) da Comunidade da África Austral.

FONTE.

As melhores mães na natureza.

Hoje como todos sabemos é dia das mães, cada um sabe qual é a melhor mãe do mundo, no meu caso é a minha, e acho que no seu não é diferente. Na natureza também encontramos as melhores mães, que são aquelas que fazem de tudo para garantir um bom desenvolvimento de sua cria, até que ela possa se defender sozinho(a), elas também, mais do que ninguém merecem receber pelo menos um cartãozinho de dia das mães. 

Então vamos ver quais são as melhores mães do mundo animal...

Mamãe elefante com seu filhote.

ELEFANTE:

Pois é, a mamãe elefante merece um lugar em nossa lista, primeiramente pelo fato de ter uma das gestações mais longas, são 22 meses carregando o bebê elefante, que não é nem um pouco leve, são cerca de 100 quilinhos carregando em seu ventre por quase 2 anos, não é para qualquer um. Além disso, os bebes são praticamente cegos ao nascer, e a mamãe elefante precisa ter um cuidado 24 horas por dia com eles, mas a tarefa de babá é revesada pelas avós, primas, irmãs e tias do elefantinho recém-nascido, ou seja, o título de melhor mãe vai para praticamente toda a família dos elefantes.

JACARÉ:

Jacarézinho na boca da sua mamãe.

As mamães jacarés, também merecem um lugar nessa lista, pois elas tem um certo trabalho de criar ninhos com temperaturas extremamente controlada, pois um grau pode faze uma grande diferença, sem contar que nessas espécies a temperatura é que determina o sexo do bebê, se a temperatura estiver um pouco mais baixa o bebê será uma menininha, e se tiver alta será um menininho. Depois que os ovos eclodem a mãe jacaré coloca os bebês em sua boca e leva-os para as água para ensinar-los a pescar e nadar. É ou não é uma fofura?

Mamãe urso com seu filhote.

URSO-POLAR:

Se essas mães não tivessem nessa lista seria até um pecado. Pois além de todas as dificuldades que aparecem com a gravidez a mamãe urso passa toda a gestação sozinha. Pois é, depois do acasalamento o papai urso (que é bem desnaturado) sai e não volta mais, deixa a mamãe com o filhote desamparados, o que gera muito mais trabalho para a futura mãe. Um fato curioso, é que se a mamãe urso não consegui comida suficiente, o organismo dela absorve o bebê, ou seja, é uma corrida contra o tempo. Mas como toda boa mãe ela da conta do recado, e arranja comida suficiente para toda a gestação, onde passa em um toca - cavada por ela mesmo na neve - em uma espécie de hibernação. O bebê nasce desdentado e cego, mas nem por isso deixa de ser bonitinho. A mamãe urso cuida dele até ele completar 2 anos, que quando por vontade própria o ursinho já adolescente vai ser livre no mundão.

POLVO:

Polvo e seus oito tentáculos.

A mamãe polvo, merece o título de mamãe mesmo, pois ela gera cerca de 50.000 ovos, isso sem nenhum medicamento para fertilidade. Os ovos, demoram cerca de 40 dias para eclodir, e a mamãe polvo não sai de perto deles nem por um minuto, ela fica ali do ladinho deles protegendo de predadores e soprando suavemente, correntes de água sobre os ovos para fornecer oxigênio. Mas essa função de guada-costa dos ovos não permite que ela saia nem para se alimentar, mas ficar 40 dias sem comer é difícil, então já que os polvos tem oito tentáculos, um ou dois não irão fazer falta, pois é, ela come os próprios tentáculos para não deixar de vigiar os seus ovinhos. Lindo não é?

Piolho do mar, nossa campeã.

PIOLHO DO MAR:

Essa sim, para fechar com chave de ouro. A mamãe piolho do mar talvez é uma das que mais sofrem, coitada. Primeiro, o macho atrai ela para uma toca, supostamente de solteiro, mas quando chegam ela tem uma grande surpresa, pois descobre que é o local onde as amantes do maridão estão, são cerca de 25 outras futuras mamães, pois é todas gravidas, praticamente um harém. Mas como se já não bastasse, quando os filhotes estão prontos para nascer, eles fazem o caminho para o mundo de dentro para fora... Pasmem!... Comendo a sua mãe, ou melhor, a falecida mamãe. Sem dúvida as mamães piolho do mar são as melhores, mas os filhos... Sem comentários!

E finalizamos mais uma lista. Não ousei citar os humanos nessa lista, pois teria que colocar a foto da minha mãe, já que ela é a melhor, hehe... Mas espero que vocês tenham gostado do post e mais uma vez se surpreenderam com a incrível natureza e os sacrifícios que as mãe fazem apenas para garantir o futuro da espécie.

Ah e não posso deixar de desejar um feliz dia das mães para todos, e parabenizar aquelas que sofrem, sofreram e ainda vão sofrer o amor incondicional de mãe. Parabéns mamães!

Fonte.

Bioimagens: Os 5 animais mais curiosos da natureza.

Mais uma semana se foi, e como hoje já é sábado novamente, o Caderno de biologia trás para todos uma lista com os  cinco animais com a aparência mais curiosa, que existe na natureza, curiosa no sentido que não se vê um desses animais todos os dias. Tenho certeza que você mais uma vez vai se surpreender com a nossa querida natureza. Confira!

Dragão do Mar (Phycodurus eques)
Um peixe da classe dos Actinopterygii.

Toupeira nariz de estrela (Condylura cristata)
Elas são cegas e utilizam os tentáculos para se orientar.

 

Blobfish (Psychrolutes marcidus)
Um peixe da ordem dos Scorpaeniformes.

Aye-Aye (Daubentonia madagascariensis)
Lêmure natural de Madagascar.

Polvo de véu (Tremoctopus violaceus)
Molusco da classe dos cefalópodes.

É ou não é impressionante? Espero que tenham gostado, e não se esqueça de curtir a página do Caderno de Biologia no face (AQUI). E não deixe de dar sua opnião, envie um e-mail para nós o endereço é digo_silvaaa@yahoo.com.br .

Perguntas e respostas: Por que a lesma derrete quando jogamos sal nela?

Olá, meu nome é Flavio gosto muito do seu blog, estou no 8º ano do ensino fundamental e não vejo a hora de chegar no ensino médio para ter biologia, pois acho muito legal. Eu tenho uma pergunta para fazer hoje, eu queria saber por que quando jogamos sal na lesma ela derrete? 

Lesma, molusco gastrópode.

Olá Flávio, que bom que você gosta do blog e tenho certeza que você vai gostar muito mesmo de biologia no ensino médio, obrigado pela sua participação. Agora vamos saber a resposta de sua pergunta...

Na verdade a lesma não derrete, o que acontece é que o sal de cozinha é uma substância higroscópica, ou seja, que atrai fortemente a água, sendo assim, quando o sal é jogado na pele das lesmas ou de outros gastrópodes como os caramujos, a água existente em seu corpo é sugada rapidamente, desidratando o animal quase que instantaneamente por causa da osmose, que tira a água do meio menos concentrado e manda para o meio mais concentrado, ou seja, a água que está dentro do animal sai para fora onde o sal está mais concentrado.

Caramujo, também um molusco.
Parente das lesmas.

Para entender melhor podemos pegar um exemplo fácil de se observar, quando colocamos sal em nossa língua, por exemplo, ela absorve o sal rapidamente, mas a quantidade de sal em nossa língua é muito pouca quando comparado à quantidade que é jogada no corpo das lesmas.

Sapos, rãs e minhocas também sofre com essas atitudes maldosas de algumas pessoas, pois a pele desses animais são responsáveis também pelas trocas gasosas, já que nem sempre esses animais possuem pulmões que dão conta da tarefa.

Para quem não acredita que elas derretem,
por favor não precisa testar.

Bicho da semana: Coruja.

Mocho orelhudo (Bubo virginianus),
maior espécie encontrada no Brasil.

Quinta-feira é o dia do bicho da semana e hoje irei atender a sugestão e pedido de uma grande amiga. Essa semana iremos conhecer um pouco mais sobre a coruja, que é um animal muito bonito e admirado por muitas pessoas e pode provocar medo em outras... Para ficar mais fácil, como sempre, vamos à sua classificação científica:

Reino: Animal.

Filo: Cordado.
Classe: Aves.
Ordem: Estrigiforme.
Família: Strigidae ou Tytonidae.

Pela classificação, podemos notar que as corujas são animais vertebrados que são classificadas como aves, na ordem dos Estrigiformes, que inclui aves de rapina noturnas, caçadoras eficientes, que utilizam seu olhos que são super aguçados e os seus movimentos rápidos. São também muito observadoras em relação ao ambiente, sendo que pode girar sua cabeça em até 270°, além de voar silenciosamente devido as suas numerosas penas que são macias. Elas podem pertencer à família Strigidae ou Tytonidae. A família Strigidae alimentam-se geralmente de invertebrados e pequenos vertebrados, possuindo hábitos noturnos, mas algumas espécies podem ser ativas durante o dia. Já a família Tytonidae tem como principal característica sua cabeça no formato de "coração", também se alimentam de invertebrados e pequenos vertebrados, são principalmente noturnas e não migratórias. Infelizmente cinco espécies da família das Tytonidae, estão ameaçada à extinção.

Mocho níveo (Nyctea sacndiaca),
representante da família Strigidae.

As corujas são carnívoras e são consideradas as predadoras mais sofisticados do mundo, por suas táticas de caça e adaptação ao meio em que vivem, que compreende grande parte do mundo, com exceção da Antártica. São tímidas e solitárias, sendo que algumas espécies são raríssimas de serem observadas. Elas engolem sua alimentação inteira, que consiste em pequenos mamíferos, insetos e aranhas, e depois vomitam pelotas com pelos e fragmentos de ossos.

O macho é bem gentil, e na época da reprodução oferece para a fêmea uma presa, se a fêmea aceitar ocorre o acasalamento. A fêmea põe em média cerca de 3 a 5 ovos, que incubam por volta de 33 dias, depois que eclodem os filhotes são cuidados pelo macho, até que eles possam aprender a se defenderem sozinhos e a voar, algo em torno de dois meses. Os ovos geralmente são postos em ninhos em árvores, mas algumas espécies fazem os ninhos no chão, perto de árvores, elas cavam no chão verticalmente e depois horizontalmente, até acharem um local perfeito que deixem os seus filhotes livre de predadores, formando uma espécie de toca. O macho fica cuidando do ninho em uma árvore próxima, principalmente durante o dia, se algum invasor aparecer, os filhotes podem imitar sons de serpentes, fazendo com que o agressor (geralmente gaviões) desista do ataque.

Coruja-das-Torres (Tyto alba),
representante da família Tytonidae.

As corujas geralmente representam a sabedoria, mas em algumas culturas a coruja é um símbolo do mundo espiritual, e outras pessoas ainda, acreditam que elas podem prever a morte, o seu piar pode significar que algum ente de sua família possa falecer, o que muitas vezes pode gerar violência contra esses animais que são tão importantes para o equilíbrio biológico, já que se alimentam de pequenos mamíferos como os ratos e insetos como as baratas, que são considerados pragas urbanas.  Portanto, nada de jogar pedra na coitada da coruja, já que ela não faz nenhum mal a nós, muito pelo contrário, ela nos ajuda com o controle de animais indesejáveis que podem transmitir doenças e essa coisa de ser mensageira da morte é coisa de gente antiga e não tem nada a ver.

Curiosidade: Por que precisamos de água para sobreviver?

Qual a importância da água?

Frequentemente ouvimos as pessoas disserem que precisamos economizar água, usá-la com consciência, para que ela não falte  no futuro. Mas por que esse elemento que corresponde cerca de 70% de todo o nosso planeta é tão importante para nós? O que ele tem de tão poderoso assim para ser tão vital para a nossa sobrevivência? Hoje você vai descobrir!

Alguns já devem ter ouvido falar que nós viemos do mar - no ponto de vista evolucionista - naquele sopão primitivo, que estava cheio de nutrientes e era aquecido pelo sol e por alguns raios, portanto desde sempre nossa relação com a água é de dependência, pois apesar da evolução, nós nunca deixamos a água de lado, sempre necessitamos dela para a nossa sobrevivência e não só a nossa espécie (humanos) é que precisam da água para a sobrevivência, mas todos os seres vivos, pois onde há água há vida, e nem sempre o contrário acontece.

Mas por que essa relação? Pois bem, a água é uma das principais formas do transporte de nutrientes, é ela que leva os principais e essenciais nutrientes para as nossas células, tanto para dentro ou para fora da célula, já que esse transporte é feito em meio de solução aquosa.

O controle da temperatura é feito pela água,
na eliminação dela em forma de suor.

Outra função que sem a água nós não teríamos, é a homeostase, ou seja o controle da temperatura corporal, que é feita pela água, por exemplo, quando nosso corpo está com uma temperatura elevada, é pela água em forma de suor que a temperatura é controlada e estabilizada, por isso que é importante nos mantermos sempre hidratados, e é por isso também que depois que fazemos algum exercício físico como correr, dá aquela vontade imensa de beber um copo d'água, o nosso organismo faz isso para repor a água que foi perdida. Até mesmo as plantas necessitam de água, pois é com a água que elas dissolvem os elementos essenciais do solo e os transportam na forma de seiva, das raízes até as folhas.

Como eu disse, cerca de 70% do planeta é formado por água, porém desses 70% apenas 2,5% são águas próprias para consumo (não são salgadas), mas grande parte desses 2,5% de água disponível, está congelada nas geleiras e temos um total de apenas 0,26% de água líquida na forma de rios, lagos e lençóis subterrâneos. Portanto economizar nunca é demais, pois a quantidade de água na Terra sempre foi a mesma, o que aumenta a cada dia é o número de pessoas existentes na Terra e o desperdício totalmente desnecessários por pessoas que não tem consciência da importância que esse elemento tem para a nossa sobrevivência. Então economize e faça a sua parte ajudando a espalhar a importância que esse elemento tem não só para nós, mas para todos os seres vivos.

Deu sede? Corre lá e bebe um copo de água bem gostoso.

Lição de casa: Hábitos alimentares dos animais.

Pois é, apesar de simples esse tipo de pergunta é bem frequente, então resolvi fazer um post explicando detalhadamente o que são animais detritívoros, herbívoros, carnívoros ou onívoros, ou seja, o porque eles são classificados dessa forma.

Pois bem, como o próprio título do post já diz o que faz um animal ser  detritívoro, herbívoro, carnívoro ou onívoro,  é o seu hábito alimentar, ou seja, do que ele se alimenta, isso parece ser simples de entender, porém por questões de comportamento, alguns animais podem deixar de ser classificados como carnívoros por exemplo, não é só porque um urubu come carne que ele é carnívoro, vamos entender isso hoje. Vamos ver a definição para cada termo:

Urubus, animais detritívoros.

Detritívoros: São animais que se nutrem ingerindo matéria orgânica ou restos e partes mortais de outros seres, ou seja, são eles que deterioram outros animais que morrem, como é o caso dos urubus, hienas e alguns moluscos. Esses animais as vezes podem ser confundidos e serem classificados como carnívoros, mas não são, pois eles não caçam para comer, eles apenas comem os restos de animais mortos não por eles.

Coala, um animal herbívoro.

Herbívoro: Os animais herbívoros são aqueles animais que se alimentam de parte viva de plantas ou algas, que podem completar sua nutrição com carne mas de forma casual, ou seja, é uma coisa rara de acontecer. Os herbívoros ainda podem ser divididos em frugívoros, que são aqueles animais que se alimentam de frutas, como os morcegos; E os nectívoros, que tem o néctar  das plantas como fonte de energia, como as abelhas e as borboletas.

Tigre, com suas características
típicas de um carnívoro.

Carnívoros: Um animal é considerado carnívoro quando sua alimentação consiste em apenas carne, geralmente carne dos animais herbívoros. Animais carnívoros geralmente possuem características mais "selvagens", como garras e dentes afiados, que facilitam a sua caça, já que os carnívoros, ao contrário dos detritívoros, caçam a sua presa e depois se alimentam. Essas características servem para rasgar e triturar os tecidos dos animais mais facilmente.

Lobo Guará, um dos exemplos mais utilizados
de animal onívoro.

Onívoros: Animais onívoros são animais que se alimentam tanto de tecidos animais quanto de vegetais, ou seja, animais que comem carne e plantas. Alguns deles até ajudam na dispersão de sementes ao defecar, já que as sementes podem permanecer em suas fezes e fertilizar outros solos, como podemos observar no lobo guará, que pode se alimentar de aves, répteis, roedores, anfíbios, frutos, caules e até mesmo mel, além da planta Lobeira (Solanum lycocarpum) que é a planta que ele ajuda sua dispersão.

É importante que entendamos a classificação dos animais pelos seus hábitos alimentares pois elas são fundamentais para compreender outros conceitos, como a cadeia alimentar na qual é composta por todos os tipos de animais. Cada um desses animais tem o seu importante papel para o equilíbrio ecológico e são responsáveis por fazer com todos tenham o seu alimento garantido, alguns de um forma mais difícil, mas a natureza da o seu jeitinho e tudo fica perfeito e até mesmo nós conseguimos sobreviver.

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